31 de ago. de 2012


Mulheres no Poder

Há de se lembrar célebre frase atribuída ao pensador Michel de Montaigne “A mais útil e honrosa ciência e ocupação da mulher é a ciência dos cuidados domésticos.”
Há muito, porém, esta ciência deu espaço ao exercício das habilidades femininas peculiares em diferentes áreas, algumas até mesmo onde o Poder antes era prerrogativa masculina.
E assim, sem temer o caos reinando em seus lares, as mulheres assumiram através do tempo papéis que não mais lhes cabiam, e sem abdicação de suas funções familiares. Estão seguindo no comando de lares, empresas, profissões e paises, com sucesso, aprovação e jeito particular de lidar com as diversas questões cotidianas.
Na arte de governar o preconceito vem sendo contrariado através dos séculos com as performances de Elisabeth I (1558-1603) e Catarina I (1725-1727), Benazir Bhutto (1988-1999) e Cleópatra VII (69-30 a.C), Madame Pompadour (1945) e Cristina Kirchner (2007), Rainha Vitória (1837-1901)e Indira Gandhi (1966-1984), Gouda Meir (1969-1974) e Isabel Perón (1974), Corazon Aquino( 1986-1992) e Michelle Bachelet (2006) entre tantas outras que usaram casos amorosos, dotes, casamentos e sexo para alcançar o poder.
Margareth Thatcher, (1970) em sua trajetória transformou se de Ministra da Educação e Ciência, em primeira-ministra da Grã-Bretanha, enaltecendo sua liderança feminina Se precisarem de alguém que profira discursos, peguem um homem. Se houver um problema para ser resolvido, é melhor que perguntem a uma mulher!.
Nesse período a vanguarda da Revolução Feminista chegou as centrais do Poder. E essa vanguarda, constituída dos primeiros grupos de mulheres se beneficiaram de um épico crescimento cultural, de uma ampliação das chances profissionais e das ofertas estatais de assistência social.
Hoje, na maioria dos paises industrializados as mulheres possuem uma formação acadêmica superior a dos homens, exercendo até mesmo profissões antes designadas masculinas. Lideradas pelo feminismo, desde 1945, vem acontecendo uma transformação fundamental em seus papéis, na sua sexualidade, em suas chances de trabalho e de exercer o Poder.  
O fato de ocuparem apenas uma fração das posições de liderança parece, cada dia mais, configurar um anacronismo. Vamos avante Mulheres, ainda há um longo caminho a percorrer. A Política dificilmente experimenta mudanças.
Há estudos relevantes que provam que a competição masculino-feminina não é de fato, decisiva. O estudo mais recente mostra um empate técnico: mulheres pronunciam 16.215 palavras por dia, enquanto os homens que não possuem fama de falantes 15.699. Será que estamos ouvindo mais, estamos mais abertas às transformações? Estamos concordando que  “Mulheres em Movimento mudam o Mundo”?
Entendemos a participação das mulheres na política como parte da construção de um contra-poder popular, porque ela é imprescindível para a construção do poder não só das mulheres, mas de todos os segmentos que estão em situação de minoria política na democracia representativa.
Podemos afirmar que o mundo fica mais justo e inteligente quando mulheres conquistam o Poder. Não porque governam de forma radicalmente diferente dos homens, mas porque a maior parte dos boatos sobre alegadas diferenças entre os sexos circula menos.
Mulheres fiquem atentas “Mulheres em Movimento mudam o Mundo”.


            Valinhos SP / 2012

By Sueli Aparecida Maróstica Mamprin

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